As tragédias, que já entraram no calendário de verão das grandes e pequenas cidades, não podem mais ser ignoradas ou tratadas como “vontade de Deus, que mandou chuva demais”. Tão esperadas quanto temidas, as chuvas fazem parte das coisas boas para todos, embora sejam tratadas como elementos surpresa a cada temporada.
Mas existe uma explicação científica para cada “ataque de fúria” da natureza. Desta vez, o importante sistema que recupera a capacidade dos reservatórios, chamado de Zona de Convergência do Atlântico Sul – ZCAS, recebeu ajuda dos efeitos da La Niña e também do aquecimento global, que torna tudo mais intenso, principalmente quando as florestas são destruídas e as fontes de energia esquentam o ambiente. Assim, o corredor de umidade que une nuvens carregadas do Norte ao Sudeste do Brasil, em direção ao Oceano Atlântico Sul, ficaram concentradas mais tempo em uma única região e, sem conseguir seguir o seu trajeto, chocaram-se com frentes frias, causando nebulosidade, umidade e fortes chuvas.
Depois de Minas Gerais, Bahia e Tocantins, as nuvens levaram as tempestades para São Paulo e agora para Petrópolis, no Rio de Janeiro, podendo chegar aos outros estados das regiões Sudeste e Sul.
Nem tudo é culpa da natureza
Inevitável pensar em culpados pelas vidas perdidas e pelos bens materiais que milhares de famílias jamais conseguirão recuperar. Em tempos de tecnologias mais que suficientes para fazer as previsões do tempo, como não se valer da memória dos eventos para tornar nossas cidades menos vulneráveis?
Árvores em risco continuam caindo sobre casas e veículos; deslizamentos de encostas continuam derrubando construções penduradas nos morros e matando pessoas; inundações continuam se repetindo nos vales e margens de rios. Tudo como foi noticiado um dia.
Em tempos de pandemia e profundos impactos sobre a economia, qualquer novo evento climático cai como uma bomba sobre quem depende do comércio, dos transportes, da energia elétrica e do abastecimento de água, ou que necessite chegar ao trabalho, escola e centro de saúde.
Não reconhecer o espírito de solidariedade dos voluntários e as ações emergenciais dos Municípios, Estados e União, seria injustiça tão cruel quanto não cobrar atitude dos verdadeiros responsáveis pela falta de planejamento e de programas de habitação, ou pela ausência das obras de drenagem, da prevenção contra crimes ambientais, e ações efetivas contra o lixo jogado nas ruas…
As Cidades do Futuro!
É neste cenário que lideranças públicas e privadas com visão de futuro decidiram colocar em prática algumas ideias que estão salvando vidas, preservando ambientes, gerando empregos e mudando o final da história. Estados e municípios investem nos recursos da tecnologia para se transformar em indutores do desenvolvimento, construindo ambientes de negócios com incentivos fiscais, apoio técnico, qualificação profissional, melhoria dos níveis de segurança, saúde e educação, além de obras de infraestrutura, como: estradas, ferrovias, portos, aeroportos, armazéns, energia, saneamento e comunicações, por exemplo.
Correm para aproveitar as oportunidades da chamada economia verde, onde os investidores internacionais acenam com trilhões de dólares disponíveis para opções sustentáveis. Um mercado que começa a olhar para as cidades com as tais lentes ESG, as novas referências ambientais, sociais e de governança que estão mudando os critérios de investimentos.
Em constantes declarações, os gestores das maiores fortunas do planeta dizem procurar lugar seguro para seus negócios, com mínimos riscos ambientais e sociais. Cuidar das cidades é garantir ambiente seguro para os investidores de projetos de parceria, além de abrir portas aos empreendedores locais.
A inauguração do Canal Melhor Cidade, uma plataforma multimídia para as oportunidades da economia verde nos 5.570 municípios brasileiros, é a inovação que faltava para mostrar ao mercado onde estão as melhores cidades para investir. Para a vida inteira, ou para um inesquecível final de semana.
As inscrições estão abertas na melhorcidade.com/contato